domingo, 18 de janeiro de 2009

O olhar

Um dia chuvoso não era o planejado. Ele já tivera algumas surpresas devido ao mau tempo, mas nunca imaginara que teria uma boa surpresa naquele dia tão molhado.
Uma viagem.O objetivo dela? Um casamento. Uma festa. Seria tudo perfeito se não fosse a chuva.
Todos fugiram dessa chuva que caia sem dó. Mesmo como toda essa situação ele permanece pensativo, sentado ao lado da família.
Os seus pensamentos parecem se realizar: ela chega em seu vestido verde florido e seus longos cabelos castanhos e cacheados. Linda e molhada.
A primeira reação era se levantar e ajudá-la com algo para secá-la ou simplesmente confortá-la. Como não tem como, ele permanece em seu lugar e só fica a observar. E ele observa seus movimentos, sua simpatia, mesmo molhada e principalmente sua atenção com todos. Ainda assim absorto em seus pensamentos, lembra de quando a viu, antes do casamento.
"Será que consigo ser seu amigo? Ela falaria comigo?" Nisso, ele nem percebe que ela vai chegando perto e mais perto. Quando percebe que se aproxima, a sua vontade é de correr.
"Por quê correr?" - pensa ele - "ela é só uma amiga da família, que..." - surpreso ele admite a si mesmo - "é só uma garota por quem me encantei." Ele ri consigo quando constata sua certeza. "Não vou me levantar daqui. Quando ela vier nos cumprimentar, vou apertar a sua mão e vou olhar bem nos seus olhos e vou..." Seus pensamentos são interrompidos por seu avô.
_ Vê aquela bela menina?
_ Sim. O que tem ela? "Tenho que disfarçar meu interesse."
_ Quero que a cumprimente, ela é neta da amiga de sua avó, uma pessoa que consideramos muito.
_ Tudo bem, vô.
_ Não seja mal educado.
_ Tudo bem, vô.
"Ai, meu Deus, agora essa."
Ela conversa na mesa ao lado. Ele a observa e escuta a sua voz. É macia e com um sotaque..."Puxa, é o sotaque mais lindo que ouvi..."
_ Menino! Você me escutou?
_ Sim, vô. Quando ela vier a nossa mesa é para cumprimentá-la.
_ Eu não disse isso. Disse pra você acordar, porque ela agora está olhando pra você!
E não é que ela estava olhando, mesmo? E se dirige à mesa da família dele. Cumprimenta sua avó com um forte abraço, conversa ainda algo com ela, depois com um aperto de mão cumprimenta seu avô e quando vai cumprimentá-lo, uma amiga dela a interrompe:
_ Amiga, a nossa música! Não acredito! Vamos dançar!
"Eu que não acredito!" Seus pensamentos, mudam o seu humor.
_ Menino, você não a cumprimentou por quê?
_ Não sei, vô - responde de cara amarrada.
Ele a encara de novo e ele percebe que embora ela dance com a amiga, ela a todo momento o encara. Por ser tímido, ele fica um pouco encabulado com a situação, mas resolve sustentar sua posição e não desvia seu olhar. A música acaba. Ela continua conversando com a amiga. A mãe dela passa por ela e pergunta se ela quer um refrigerante. Ela só balança a cabeça que sim, mas não para de olhar pra ele. A amiga acompanha o olhar. Ele percebe e disfarça. Não quer constrangê-la com a amiga. Ela também disfarça. O avô o cutuca.
_ Por que você também não vai dançar?
_ Eu não sei dançar - responde cabisbaixo. Dá uma outra olhadela. Ela voltou a dançar e a olhá-lo.
E a noite passou assim. Ela a dançar e ele a observar. Parecem que combinaram que aquela festa seria assim...
No outro dia, ele está arrumando as coisas pra ir embora e de repente, da janela da casa de seus avós, ela a vê na janela dela, parecendo uma princesa a esperar pelo seu príncipe. Ele a encara, ela retribui com um olhar triste e fecha a janela. Ele pensa em gritar, mas não o faz. Seria o último olhar? Ele prometeu a si que não. Aquele belo sotaque falaria com ele um dia e não seria só pelo olhar...um dia...

Jeyva, tentando imitar a realidade...isso é uma ficção, mas não impede de ter sido algo de verdade...valeu pela inspiração, meu amigo alunístico...rs...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Só existe uma

Não procuro alguém
Não lembro de ninguém
Quero lembrar de mim
Quem sou
O que faço
O que posso ser.

Em outras pessoas
Não procure me achar
Como eu não irá existir
Como eu, só existe uma
Então não se preocupe
Sempre serei o que quero ser...

E assim vou mudando
Com situações
Me conformando
Mas, mudando e
Aprendendo...
Entendendo...
Eu sou eu mesmo

Eu sou mais eu
E ponto final.

Jeyva só tem uma! Inspirada em uma conversa entre amigas! Valeu Mi!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Iniciar!

Vamos começar!
Mais um ano iniciar!

Renovar!
Rejeyvar!

Poesias
Contos
Quero escrever
Quero fazer e
Acontecer

Em mim acreditar
E fazer outros
Acreditarem em si

Será possível?
Tudo é...
Basta confiar
Basta acreditar!

Jeyva querendo acreditar que meu blog seja exemplo para que outros acreditem em si. Começar, inovar, rejeyvar! hahaha! Valeu, Alcides, pelo novo verbo! Lunatiquices: blog de poesias, contos e de pessoas de verdade, como eu e vc!