_ Mentiras...
_ O que elas são?
_ Mistério.
_ Mistério pra quê?
_ Pra te esconder, não te decepcionar.
_ Por quê? Eu não sou perfeita!
_ Eu menos ainda.
_ Então, conte-me.
_ As verdades?
_ Sim, somente elas.
_ Não sei ao certo. As verdades vivem me enganando, me dando esperanças...
_ Então, eu também minto.
_ Mente, por quê?
_ Porque são as palavras de esperanças que me deixam acreditar que você não irá. São as mentiras mais verdadeiras que acredito.
_ Então não minta a si.
_ Então conte-me a verdade.
_ A verdade é que tudo que é real está se desmanchando e eu não consigo segurar... A realidade escapa entre meus dedos. Essa é a verdade. O tempo passa e eu não sinto que ele me ajuda em nada. Em nada!
_ Me sinto impotente... eu queria poder te ajudar...
_ Poder? O que é isso? Nenhum de nós tem! Por isso, eu não posso...
_ Pode. Se você quiser pode.
_ Como?
_ Pois é...como? Isso é uma conversa sem fim...
_ Então vamos encerrá-la.
_ Por quê?
_ Porque não sei se vou conseguir te responder. Por que você não pára e pensa?
_ Nas respostas?
_ Sim.
_ Eu não quero achá-las! Que que você as me dê!
_ Não posso...Não posso...
_ O que faço, então, com tantas interrogações?
_ Deixe-as aí...
_ Continuarei assim?
_ Assim como?
_ Curiosa, preocupada?
(...)
_ Tenho que ir...
_ Desde que não seja pra sempre...
_ Só feche os olhos e nem perceberá...
_ Não quero fechar meus olhos!!
_ Apenas feche...Tudo ficará bem... O inevitável se aproxima.
_ Me recuso a...
_ Não proteste... até mais... até logo mais...
Escrevi em uma noite de muitas dúvidas. Não quero que ele vá...esse eu dedico ao meu melhor amigo Wilker. Quem diria que seríamos tão próximos, heim? Beijocas!
